segunda-feira, 1 de dezembro de 2008


Arquétipo
O conceito de arquétipo sofreu ao longo do tempo, na obra de Carl Jung, algumas alterações, sendo em 1946, num artigo intitulado “Considerações Teóricas sobre a Natureza do Psíquico” o momento em que ele marca uma diferença muito importante para a compreensão do seu conceito.
Nesse artigo, Jung assinala que existe diferença entre arquétipo em si e arquétipo manifesto. Por “arquétipo em si” entende uma estrutura básica que organiza o material da consciência, um “órgão psíquico” e assim irrepresentável em si mesmo, latente, indizível, hereditário. O que nós herdamos não são imagens, mas a sua possibilidade, o arquétipo em si. O “arquétipo manifesto” equivale ao que chamamos de imagem arquetípica, um arquétipo revestido pela cultura, podendo assim e apenas dessa maneira tornar-se visível e percebida pela consciência. Como Jung enfatizou, o “arquétipo em si” seria um “órgão psíquico” que torna possível a formação de imagens, sendo esta compreendida como um fenômeno psíquico. O que é herdado não é a imagem.
Ana Curi (anac333@gmail.com)