sábado, 20 de fevereiro de 2010



Dostoiévski e Jung: um diálogo possível em Crime e Castigo

Ana Cristina Abdo Curi¹




"Obra de arte não é um sintoma, mas uma criação genuína. Uma atividade criativa só pode ser entendida a partir de si mesma”
Carl G. Jung


Olhar a obra de arte como uma criação genuína e não como um sintoma é o ponto de partida desse trabalho. A causalidade pessoal não a explica, mesmo sendo incontestável o entrelaçamento com a vida pessoal do autor. Em Jung, ela é algo suprapessoal, que se projeta para fora desse entrelaçamento, apontando para além da psicologia do artista, onde a voz do autor é e não é a sua. Quando nos detemos numa obra de arte, no caso literária, é preciso atenção para não cair nos extremos do reducionismo causal que a transformaria em fruto de uma neurose e nem amplificar tanto que a obra desenraize-se do autor. Em alguns momentos, algo da biografia de Dostoiévski será considerada, não para diagnosticá-lo em sua própria obra, mas sim num esforço de aproximação do solo fértil de tais imagens...VER MAIS



1. Ana Cristina Abdo Curi. Psicóloga graduada pela Universidade Santa Úrsula em 1996, estudiosa das obras de Jung e Dostoiévski, Pós-Graduação em Psicologia Junguiana (IBMR).
Contato: anac333@gmail.com




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